Para não estar só
No momento em que estou só
eu lhe trago em luz para ser o meu
átimo constante e seguidamente,
como um pendulo dançante,
Que viera, comigo, fazer amor profundamente.
Deixo-te brincar pelas paredes de meu quarto,
entre o azul brilhante, de sua luz azul e
o branco da parede. Nela te descrevo, percorrendo
a sua silhueta e esquecendo a ampulheta que escorre e,
corre e discorre ao sem fim, e sem medo, morre.
Não me importo com o tempo, apenas te processo num deguste lento...
Te guardando em mim, para ter-te a noite inteira
em meu sonho adormecido, como se o tudo que te tenho querido,
fosse a realidade deste sonho.
E são assim, todas as noites. Penso em te ver adormecer,
em te dar um beijo terno, em ajeitar teu cobertor,
em te dizer de meu amor, apenas por meus pensamentos.
Como se a perfeição de nós, fosse tudo o que é amar.
Creio que mesmo se um dia eu estiver cansado dessa espera,
e adormecer impunimente, que me irás acordar, do sono,
para o sonho, para que não deixes de viver em mim, eternamente.
Sonho assim, todos os dias, com a certeza de que sou,
simplesmente teu, ainda que duvides.
ZéReys Santos: autor, escritor, poeta e Terapeuta holístico.