quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O TRABALHO E O TEMPO

Aviso: Texto sem correção.

O que é o tempo, o que é a vida, o que é o trabalho, o que é o pagamento...

Ninguém ou nenhum empresário lhe paga, efetivamente, pelo seu trabalho. Porque não é ou deveria ser, pelo trabalho que o trabalhador deveria receber. Mas, pelo seu tempo de vida dispendido pela a efetivação destes seus afazeres.
Entendamos que a vida não é o seu corpo, nem a longevidade de sua existência, a vida é um conjunto de essencialidade que nos mantém ávidos pensantes, átomos em vibrações constantes, seres racionais e confusos. 

E dai, então, deve-se perguntar, o quanto valha a vida, e somente a partir dai é que poderemos responder ao Abujamra: "O que é a vida?" A vida para mim, mestre Antônio Abujamra, é Deus. 

E provavelmente, também, seja devido a isso, é que a vida não tem preço, de tão preciosa que é. Se ela não tem preço mensurável, quanto vale o seu trabalho, se, deveria ser neste mesmo preceito a valorização de seus dispêndios, por seu tempo de vida. 

Quando aceitamos, coletivamente, os ditames de quem ganham sobre nós, por cabeça de trabalhadores dia, o que deverá lhe pagar, por um ano de trabalho, estamos esticando nossos braços e colocando nossos pescoços às amarras desta nova escravização de nossos seres.

Quando olhamos para certas camadas da sociedade e como vivem suas vidas, e as pessoas distintas dentro delas, vamos encontrar quem ganha, em um único mês, o que o outro não ganhará em sua vida inteira, e no decorrer dela viverá à margem de tudo que os seres humanos de seu tempo, fizeram e disponibilizaram para todos, mas que somente uma ínfima parte deles o puderam usufruir. O sofrimento, a perda de suas mobilidades, as suas vidas, não tem sentido no que tange a ter o valor devido. 

Quando o governo dita regras e leis ou programas sociais, estão lhes dizendo, intrinsecamente, "eis ai a sua paga, porém eles não receberão em suas casas, quando efetivamente tenham suas casas. nada mais que o "lixo que esta mesma sociedade, de certa maneira descarta.

 Não estamos lhes pagando pela suas marginalidades sofridas durante toda as suas vidas. Não estamos lhe dando o prazer que sentiria em aprender ouvir músicas clássicas e saberem apreciarem as obras de artes. Estamos lhes dando, migalhas, para sobrevida dos dias seguintes seguirem respirando.  

O que na maioria das vezes recebem, são feijões vencidos, macarrão com carunchos, produtos de marcas inferiores, cafés que nem são cafés mas, palhas de café, misturados com restoios de grãos de cafés, arroz não vendáveis e outras "porcarias" que nas prateleiras de vendas nem por centavos seria vendáveis. etc.

Muitos desses agentes das práticas efetivas nas portas e dentro das ações sociais, sentem a humilhação intrínsecas nos corações desses seres humanos marginalizados da sociedade que buscam nestes últimos refúgios de subsistências esses "alimentos" perecidos.

O profissional que ganha mil por ora por seu trabalho paga um mínimo por mês para aquela(e) que além de chegar primeiro, fazer o café, limpar o lugar, lavar, desinfetar, arranjar as flores, organizar tudo, Observar e alinhar o ambiente aos gostos do patrão, tem em mente, não o seu dispêndio de tempo de vida, mas que estão lhe prestando um favor de lhe dar um emprego.

Não somos, nós humanistas, contra, que o profissional ganhe mil por hora, somos contra que estes outros profissionais, não ganhem, se quer, para ter vida razoavelmente digna, em sua plenitude.
Estivemos a vida toda trocando nossas vidas que vale mais que um trilhão, por um tostão!

(Segue no próximo ato)

ZéReys Santos.




segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Aborto



ABORTO:

Eu sou contra o aborto e a favor da lei do aborto.
Porque há casos para pensar:

Uma senhora, tem seu filho assassinado, então ela quer justiça e a justiça é feita.
O assassino é preso, 25 anos de reclusão.

Um dia ela saí de casa e vai até a penitenciária. ela pedira licença para visitá-lo, e lá, diante do assassino, ela abre os braços e dá a ele um abraço de perdão. Depois olha profundamente em seus olhos, como se buscasse neles o próprio filho, e lhe diz:

"Eu vou adotá-lo!,
Em tudo que precisares, poderá contar comigo, como se eu fosse a sua mãe!"

A minha mãe me abandonou na rua aos 10 anos de idade, perambulei por ruas, praças, viadutos, favelas, cidades, e estados, sem roupas, com fome, com frio, sem amigos e parentes, à sua busca, e, só a encontrei depois de 31 anos de procura.

Um dia, eu escrevi este poema:
Não há nada que seja nada

"Antes de eu nascer eu era um ser, um ser imaterial,
nasci um ser material com esse ser imaterial dentro deste ser material,
depois voltarei a ser apenas um ser, um ser imaterial,
assim, neste ciclo existencial, de matéria a imaterial,
de imaterial a matéria vivo e revivo indefinidamente,
o quanto Deus Quiser, este eu, não veio do nada!

Eu não sou o meu corpo, eu sou Deus, porque Deus é a vida dentro de mim!"
Há casos para se pensar, sim, há realmente casos para se pensar!

ZéReys Santos: autor, escritor, poeta e terapeuta Holístico.

NA VOZ DO POEMA



Na voz do poema


Hoje, enquanto eu abria a geladeira para pensar... no que tocar.

Como se ela fosse um poema em que eu buscasse recordar os traços de minha musa, que sempre, lá, no poema, vai estar.




Eu não pude em seu interior, nada, ver, ao tudo enxergar.

As misturas das palavras em minhas lágrimas vistas em meu poema, teu, que é todo teu, e feito de ti, em palavras: o que vi.




Que em si mesmo és mistura e que se misturava, brincando de se esconder em ver minhas lágrimas. Ou talvez uma borboleta de asas pretas, entre cores de flores, anversos, destes versos.




Eu chorei. Tocava minhas mãos e corria entre as rosas dançantes.

Eu sorri, depois. Porque teu perfume formava riscos de estrelas, buscando o caminho de se aninhar no mar.




Eu pensava que a qualquer momento tu ias chegar.

Adentrar por minhas narinas. Se aconchegar em meu peito, ser a minha moça, musa, menina, ou quem sabe o cheiro que me traria, de onde viria.




Eu sempre penso que tu me sentes. Que vais ainda me sentir, 
quando tomares no olhar as notas lhe sorrindo a brilhar.

Não mais como dígitos de palavras mas, de sons vivos, a te desenhar no ar.




Vais te ver, só para te descobrires em mim...

Por que sou o poema. O axioma, que também se mistura,

Na alvura, nas cores, nas frescuras das folhas, nas palavras...




Nas palavras...do poema...Porque, repito: eu sou o poema!

____________

ZéReys Santos.

NO MEIO DA FLOR



No meio da flor 


Eu sei porque, mas não te contarei agora.
A razão de ser, de eu me emocionar ao falar com flores.


Não tenho muitas, a casa é alugada e o quintal é calçado.
Ao falar com as poucas que tenho, sempre fico emocionado. 


É o intrínseco de ser poeta, Deus difícil de ser entendido.
A compreensão, mais que a sensibilidade, é uma questão de humanidade.


Deus é tão humano, que os desumanos humanos não O alcançam na vida,
O concebe apenas na pós existência da longevidade.


Elas têm ouvidos muito mais ávidos que os nossos, boas palavras ditas,
saídas do coração são sais minerais à sua floração.


A xilema carregam o acrisal, a floema os aminoácidos cristais...
são como a essência do poeta percorrendo as entranhas do poema.


É por isso, minha pequena, que eu sempre lhe mando flores,
eu, do que sou, sei, que também sou seiva, regando com flor, minha flor...


ZéReys Santos.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

O TEMPERO DO TEMPO

O tempero do tempo
Autoajuda.


Deus é aquele que antecede o antes.

O tempero do tempo é aquilo que temperamos. Acreditar em tempos melhores ainda que o sol não desponte. 

O dia nublado é bom, a manhã de sol é boa e os dias com chuva não são ruins. 

Os pensamentos é que podem ser para um lado ou para outro. E esses são seus, portanto, assuma o seu livre arbítrio de ser o dono do que pretende criar. Porque é com eles que tudo que em conjunto, se pensam, que tudo se cria.

Pensamentos criam sentimentos e sentimentos nos fazem sentir e, a sensação do que estamos sentindo é uma resposta de nossas mentes  aos nossos corpos e essa insistência faz a materialidade daquilo que insistimos em focalizar.

As doenças, a pobreza, o fracasso, o desânimo, a apatia, o descaso, e as desesperanças vieram de pensamentos negativos acumulados no tempo, fazendo assim a materialidade e a repetição da mesma condicionalidade de onde e como vivemos.

Temos mais de sete bilhões de pessoas no mundo e talvez 85% delas não sejam positivistas. Vivemos pelo medo, pelas incertezas, o que nos traz incerteza e medo; não são aquilo que pensamos...

Pessoas dizem que precisam acreditar na realidade do que veem e sentem, porque vemos e vivemos na realidade do mundo. 

Sim, é verdade, mas somos nós que criamos a realidade e, por isso, não podemos atribuir o que sentimos ou vivenciamos, aos outros. Precisamos pensar em deixar que o amor e a felicidade das pessoas se expandam, se criem livres e, se procrie por todo o universo.

Portanto, estamos vivendo a nossa realidade individual de forma coletiva, estamos individualmente criando sentimentos coletivos de que tudo está pior e piorando, de que nada foi tão ruim como agora.

O catastrofismo difundido diuturnamente por religiosos, gurus do pensamento do medo, criam a ansiedade de que estar vivo é um grande perigo e que as nossas vidas precisam ser protegidas pelo pensamento do medo, afinal quem não tem medo não precisam deles. Estar em um estado de graça e gratidão, com positivismo e alegria, é uma afronta para muitos deles. 

Pensemos sobre a necessidade de se ter um plano de saúde: O pensamento inapropriado cria realidades indesejáveis. Se temos doenças, devemos ter um plano de saúde. Se pensar traz a materialidade do que pensamos, de onde vem as doenças?

Já pensou na quantidade de doenças incuráveis que temos e na quantidade de remédios de uso contínuo que temos, já estão sabendo da quantidade de doenças causadas por remédios que a cada dia aumentam. Este é o círculo maligno virtuoso da medicina, da farmacologia, e da engenharia dos venenos. 

São malignos porque nos matam ou nos criam imensas infelicidades, são virtuosos porque os enriquecem diuturnamente, em detrimento do mau que causam. Uma vez que estamos infectados não temos saída emergencial com urgência para nos manter vivos, se não os usos de seus meios em geral.

Precisamos entender, definitivamente, que somos nós que criamos nossas realidades. Não pensar que as nossas atitudes são reais contrassensos desta realidade, diante daquilo que deveríamos estar propagando, coletivamente. Teríamos que nos abster de nossas inteligências.

Tudo que todos pensam conjuntamente é o que é criado individualmente para que todos usufruam, querendo ou não, e, seja para o bem ou para o mal é essa união coletiva de pensamentos que constrói, molda, e faz o progresso ou o retrocesso acontecer.

Tudo o que estamos sentindo agora foram criados inicialmente e individualmente por nós mesmos e sentimos coletivamente ou, no mínimo, pela maioria. Ninguém está sozinho no mundo e não há separação. Tudo que todos fazemos fazem parte de tudo que vivemos, sentimos, executamos e correspondemos.

Se todos nós estamos sentindo que o mundo está piorando, é sensato entender que o que estamos criando não está adequado para uma vida mais saudável e feliz. O sentimento egóicos de ligar o egocentrismo, mandando que encostem e morram como quiserem é um imbecil ledo engano.

"Àquilo que pensamos é que cria a nossa realidade!" Que tipo de tempero está usando para seus pensamentos alimentarem seu coração?

Algum dia parastes para pensar, que alguém pensou em fazer um avião, que alguém pensou em fazer um carro...E, se uma porção imensa de outras pessoas não tivesse todos unidos neste pensamento, nunca teríamos um carro ou um avião!

Não, o mundo ou a terra não está pior por si mesmos e em seus contextos existenciais eles estão como sempre esteve. 

Nós, seres humanos, temos tudo que quisermos idealizar em nossas capacidades criativas, e em nosso planeta, temos tudo que precisamos para construir tudo o quanto for possível para sermos felizes!

Pensar positivo é o início de tudo. Parar de fortalecer e perpetuar nossos autoenganos deve ser a nossa meta cotidiana de vida. Assumir ser donos de nossos atos, é começar a pensar sobre os nossos pensamentos. Já pensaste em quantos pensamentos se permitiu pensar sem razão objetiva e construtiva para você mesma e para outros? 

Quando nos permitimos que pensamentos negativos aleatórios nos adentrem, não são os outros nos obrigando, somos nós mesmo, aceitar pensar e criar dentro de nós, a química do ódio, do rancor, da inveja, da tristeza. Ódio não cria amor! como dissera Louise Hay: em seu livro - Você pode curar sua vida), "Só o amor é a resposta!"

Quando administramos nossos pensamentos e, é, para isso que temos as nossas liberdades de pensar e agir, através de nossos livres arbítrios, estamos sendo cidadãos conscientes para a felicidade geral de todos.







quinta-feira, 23 de março de 2023

O que é a vida

O que é a vida?
                                        

Um dia, eu caí e apaguei no meio da sala. Foi algo relâmpago. Eu estava só, como todos os dias de um tempo para cá. Ao dar por mim, percebi que eu estava sem pernas. Não mais me sentia da Pelve (Bacia) para baixo. Meus pés não se movia, eu havia perdido a comunicação com os meus membros inferiores e na hora, assustado, me disse a mim, mesmo: "Estou tetraplégico!". Eu estava só em casa e sofrendo muito com uma depressão que havia feito meus familiares se acovardar em tentarem me ajudar a sair deste estado de espirito indescritível em que me encontrava.  

O que sentia desde aos amanheceres dos dias, que passavam lentos, era uma profunda sensação de estar num vazio repleto de inimigos que dos quais eu não tinha como me livrar. Eu pensava em esbofeteá-los e até socava o vento sem atingir nada ou ninguém, e isso fazia me sentir, mais ainda, desvalido impotente e mais só.

Eu não queria admitir nada do que estava acontecendo comigo e muito menos confidenciar aos meus familiares, achava impossível que eles não tivessem sensibilidade suficientes para não ver o meu sofrimento, que para mim, estava claro, doloroso e profundo. Imaginava que eles não podiam deixar de ver e sentir tudo que eu sentia. Mas, eu era absolutamente ignorado.

Rapidamente fui percebendo os distanciamentos de meus familiares. E por isso, menos ainda, eu entendia a minha solidão e quais razões de tudo isso estar me levando a morte. Perpassava por minha cabeça que a qualquer momento eu estaria morto, foi estarrecedor. Afinal de contas, eu havia dedicado quarenta anos a essa família que agora me abandonava. Todas as coisas acontecidas, de certo modo insignificantes, ou que eu tinha feito, mesmo involuntariamente; era para mim, certeza de que seria fator de vinganças deles, e talvez por isso, seria os motivos de não se aperceberem dos meus sofrimentos, eu pensava que todos os seus descasos, eram propositais.

Eu não entendia suas razões em não me suportar, já que eu jamais me furtei às sua causas, desejos e faltas. Coisas terríveis me perpassava na cabeça. Talvez minha sorte, era que eu frequentava um templo espiritualista e sempre que me vinha esses surtos de "loucura" eu corria para lá. Muitas vezes eu era literalmente levado, de forma inconsciente, mesmo. Pois eu não estava em estado de um ser que percebia meus passos, meus pensares, minhas ações. Era como se eu tivesse sido abduzido, e lá no templo, fosse soltado já dentro do local, tido, para a comunidade, como sagrado.

Eu pensava em me matar como forma de vingança a todos os meus familiares. Eu cheguei a pensar em matá-los, também, pela mesma razão. Minhas dores, a solidão, a tristeza, o desengano, a injustiça faiscavam em meus olhos como olhar num céu estrelado, eu queria morrer junto com eles, para não ficar nada de mim sobre a terra, devido a minha imprestabilidade. 

Quarenta anos passavam e repassavam em minha cabeça num amontoado de imagens com quase nada de alegrias ou contentamentos. "Quarenta anos de minha vida por nada, por nada!" eu repetia. Estes pensamentos invadiam minha mente, involuntariamente, de forma massacrante. Eu sentia ter perdido o domínio e a cada vez que isso me atormentava martelando os sentidos, tudo que eu via de possibilidade era morrer.

As noites eram longas e os dias infindos. Meus filhos crescidos, educados, estudados, casados, trabalhando, criando meus netos, toda a minha riqueza imensurável não valia mais nada. Eu me sentia ridículo, por ter estado apaixonado por cada um deles como se eles fossem meus. Eles nem se quer me viam dentro daquela vulnerabilidade tão sofrível. Eu tinha me tornado imprestável e descartável, era assim que me sentia. A dor queria me arrancar de dentro de mim, destroçando minhas vísceras. 

Mas, para não delongar com essa questão de dores infindas destes momentos de minha vida. Preciso dizer que depois do medo de ter me tornado tetraplégico, e, passados algumas horas, consegui finalmente me recompor com algumas dificuldades e voltar a andar, meio titubeante pela casa e, ter domínio de meu corpo. Sim, foi um alívio imenso perceber que eu estava quase de pé novamente. É claro que se eu fosse detalhar todos os sentimentos que me assolavam durante a minha inutilidade absoluta, daria um longo livro.  

E, assim, num desses momentos terrível de dias nebulosos e sem esperanças, eu resolvi, por fim, mergulhar profundamente neste escuro e procurar a luz, passei a acreditar que haveria de ter, duas pedras em algum lugar para eu esfregar e esfregar, até fazer alguma chama de luz surgir novamente. Resiliência era uma palavra desconhecida em minha cabeça, porém eu lutava para praticá-la por minha sobrevivência, durante toda a minha vida. 


Era, de verdade, muito profundo o poço que me sentia estar. E mergulhei para valer sem saber de fato de que se estaria escorregando para baixo ou se caminhava adiante ao encontro das pedras de fogo.
Eu queria tanto saber da verdade que pudesse me elucidar das razões de tantas dores por todo o decorrer de minha vida e, agora, tão acentuada em meu corpo e em minha alma mais ainda. Por mais que eu procurasse formular por minhas próprias teorias, eu só via abismos e dores. 

Eu estaria assim, nessas condições alucinógenas, por tantos desgastes das lutas, das esperas, das decepções, das misérias, da fome da minha mãe infância e agora de novo, do abandono?...Percebi que eu tinha saído de uma condição de liberdade estrita à restrita, e a não ser nada mais aprofundada do que antes. A não ter nada, a não servir para nada e com uma cabeça pensante fervilhando noite e dia na busca de compreensão elucidativa da razão do porquê estava vivo, vivendo, sonhando, lutando pela sobrevivência e tendo menos que o suficiente para a subsistência. Nada vinha como compreensão elucidativa que me desse alento. Nada!

Eu passava dias sem ter o que comer de forma normal, apenas uma ou outra coisa para cozinhar e nenhuma vontade de fazer. Eu estava só, o que não era, necessariamente, problema gravíssimo, se fosse apenas o sofrimento da solidão. Tudo me parecia ter se tornado  fruto apropriado a vingança, de todos eles contra mim, Isso me fazia ressentido e fracassado, o chinelo que não pude comprar para minha filha, o anel de formatura da outra, a roupa nova do natal para o filho, o brinde da champanhe. A palavra "amo", jamais proferida com algum olhar nos meus olhos por ninguém. Todos os pormenores de minha insignificância afloravam como ervas daninhas, dentro de mim,

Embora eu jamais tivera uma família, que eu pudesse chamá-la de minha, no passado, e esta que eu tinha constituído, esta do "presente", assim como a outra, já não existia mais. Eu não conseguia entender seus parâmetros de verdade, eu não sabia definir e entender se essa ruptura tinha sido consequências de minhas maneiras estranhas, na atualidade (para eles) dentro desse tempo, ou se fora consequência de uma junção de coisas juntadas no decorrer desta vida minha ou com eles.

A minha prestatividade às sua vidas, havia sido constantes e tão sofrível, para serem vencidas por mim, porém, "e me parecia impossível", que tinha criado tantos monstros, eu me fartava de dores, o que parecia diante de tanta incompreensões de todos, eram    que eles despejavam estanho derretido sobre o meu cadáver, ainda com algum resto de vida, pensavam que eles estivam amando me ver sofrer e impotente. Creio que o fato é que ninguém sente a dor de ninguém, nem mesmo os filhos, esposas, ou outros parentes.

Depois de um final de semana tão vazio quanto o silêncio, que me invadia a alma, aconteceu-me um estranho despertar.
Fiquei horas meditando repleto de perguntas que sempre me levava para um lugar retórico. O que era ou quem me conduzia, não soube dizer, categoricamente, para afirmar. Entretanto, depois de me recostar em meu velho sofá, de olhos fechados, divagando, com a mente silenciada e sem pensamentos aleatórios me perturbando, aconteceu a seguinte formulação involuntária e concreta e clara dentro de meu ser.

Não existe nada no mundo que tenha mais importância do que a vida, porque a vida é Deus. E sendo Deus a vida, está provada a existência de Deus. O que não se prova é o Deus que os ateus acreditam não existir e que de fato, não existe; que é o Deus das religiões. Portanto, o Deus das religiões não existe de fato, este é uma figura de retórica manipulada para o poder, a ganância e a notoriedade de seus líderes. A fé é estimulada psicologicamente para os incautos se alienarem e se tornarem zumbis teleguiados. Estes, são, na verdade, as vítimas de suas escravidões. Ao entendermos que Deus é a vida que temos dentro de nós, ganhamos a liberdade irrestrita, dentro do que for constituído pelas legalidades do país. Que efetivamente temos de respeitar ao nos conduzir em sociedade.

Depois, caminhei até o banheiro e entrei sem me despir das velhas vestes surradas e sujas, embaixo do chuveiro. apanhei um pedaço de são em barra que estava abandonado junto ao vidro do vitrô e comecei a ensaboar minhas vestes ainda no corpo. Fiquei ali um longo tempo sem me dar conta do tempo. Minha mente havia apagado tudo. Não havia mais aquele mundo de duas horas atrás. Era como se o dia tivesse anoitecido e numa mesma fração de segundos o sol nascera. E foi assim, que descobri, finalmente quem era Deus. Sim, Deus é a vida que temos dentro de nós!

Percebi, indubitavelmente, que o livre arbítrio era a minha ferramenta principal, para tomar minha existência às mão e nunca mais permitir entrar em mim, nada que me pudesse fazer infeliz!


ZéReys Santos.


ano novo 2025

 Bom dia para o seu novo ano! Você poderia começar melhorando e acrescentando aos seus conhecimentos, um pouco mais sobre o trabalho poético...