quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

AMOR E ÓDIO SÃO BONS



A razão positiva de o amor viver paralelamente com o ódio, existe,
e se chama – a prática da gratidão. Porque o amor por si só não sobrevive,
isto é: pelo fato de se amar alguém, não devemos abusar do amor que esse
alguém nos tenha, e, por isso, a gratidão deve ser efetiva, deve-se deixar
o amor expandir-se de si em atitudes de carinho e servidão.
De agrados, de mimos, de acalantos, compreensão, e a esse,
que assim procede, reciprocidade, é a mistura,
o segundo elemento deste primeiro, o amor...
O amor, então, se alimenta de reciprocidade e gratidão,
que é igual: Felicidade!


ZéReys Santos.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/"><img alt="Creative Commons License" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br />This work is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/">Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License</a>.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

NO MEU SONHO DE AMOR

No meu sonho de amor


Eu te projeto passarinho
na imensidão de um céu azul
com mechas brancas de algodão.
Eu te olho aqui do chão.
Tu saíste de dentro de mim
como uma bola de miragem
desenhada sobre a aragem
desta brisa de meu desejo de existir.

Eu existo, por seu existir.
Eu não posso ainda apalpar tua cintura,
eu não pude ainda te tornares criatura,
sois uma espectral procura,
uma busca sem navio, no oceano,
mas sei que tu existe,
por que te fiz a mulher que amo,
a pessoa deste meu sonho poético.
Eu te vejo vir chegando
feito raio cibernético.

Eu te desenhei com o carinho de quem
Plantasse um pé de amor, que as vezes
demora infindos anos para florir,
que nem sempre germina,
que tem jeito de menina e gosto
de quem tem no mundo o melhor
sabor... De sentir. Eu ando te esperando
fora de tudo que seja existencial, mas, aqui.

Tu, nesta minha cabeça poética,
é tão açúcar e sal. É um pêndulo
rasgando o ar. É a dona de meu tempo
e de meu amar, do meu movimento cerebral,
atemporal. Eu te vejo chegar e se afastar...
Sou minucioso e auspicioso,
e não posso me enganar.
Eu te desenhei em meu quadro de existir.
Eu te pus dentro de mim, te fiz sem similares,

cheia de cores das nuvens dos ares... 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PARA ELA OU EU


Para ela ou eu

O que nos impediria de ser feliz... Perguntei-me 
no afã da angústia, a minha própria tristeza que me abatia. 
Pareceu-me que ela sorria, e que entre dentes dizia: 
“como é tolo este poeta, é isso ou a poesia!”

Então, comecei a brigar com o meu poeta de mim, 
só não saímos no tapa devido a sua forma espectral inata 
e por que apesar, sou de paz. Mas a dor... 
Esta que a solidão esfrega em nossas gargantas de forma assaz...

Esta dor que arde feito queimadura de óleo quente, 
e que parece nem se importar com o que a gente sente, 
é contumaz e eficaz. Por que preciso tanto desta dor... 
Se eu poderia apenas poetar as alegrias...

Silenciosamente vazia uma lã de paina voou levada pelo vento,
Misturando-se a uma revoada de borboletas...
Que lindo de alento! Não há simplicidade na razão de existir 
das borboletas, só no contemplar!

Ainda que o poeta de mim, zangado estivesse, 
ele me abraçou, como se fosse um poema abraçando 
as sílabas, e como sempre, eu acabei me perdendo chorando e rindo,
neste teu mundo infindo...

Nada nos impede de ser feliz, me soprou ele sobre 
os olhos das cores, dizendo: ”As cores, homem,
são quem de fato faz nossas almas enxergar”
O amor de cada um tem cores próprias, não há escolha, só identificação!


FILOSOFAL

Filosofal

O poeta é um filósofo que ao que pensa canta!
Tua alma é um cantor, dando voltas ao mundo,
Colhendo sonhos que viajam pelo espaço,
nos meios dos apressados que pensam serem cometas.

Eu estou aqui para acariciar teu coração cansado.
Torno-me pétalas, bailarino de palavras, tocador de sinos,
palhaço que faz caretas, e as vezes choro,
quando minha musa apaga as luzes dos sonhos.

Sou menino de vez em quando, que pensa ser borboleta,
que nunca rodei piões mas os invejei dando a volta em si mesmo,
coçando os fundos das calças mordidas por percevejo, a pobreza,
entretanto, não me matou: descobri-me versos invencíveis.

Posso ser parte de tudo, como Deus que se faz poema,
na composição dos versos do universo; compondo
cada segundo que se dá a volta ao mundo.
Lanterna perdida, estrela caindo em contas, procurando vidas.




Mas os poetas, minhas flores, somos tantos em si mesmos,
fadados ao descaso dos amores, por que quando o pártiner
homem, do poeta, é seguro pelas unhas de alguma musa astuta,

perde-se a cicuta - a musa -, que o cura, alimenta e o ama.

EM TOM DE VERDE

Em tom de verde

Enquanto me percorria a alma esta tua beleza que encanta,
O claro do céu salpicava entre as folhas da arvore
frondosa que me abrigava, eu pequeno embaixo dela,
sentia-me grande, por que podia voar sem sair do lugar.

O vento era uma canção fazendo bailar os galhos,
e ao afastá-los, uns dos outros, o sol encontrava meus olhos,
Semi-abertos acompanhando a canção em seu bailar suave.
Raios graves, raios leves, raios do céu, bolero de Ravel.

O amor parece um vento que afasta as folhas, para o sol entrar.
E o sol, o amor, que parece esperar as folhas se afastarem, para ele entrar.
Um se parece com o outro e o outro se parece com o um, e são tão diferentes,
Como a gente, que se parece com o sol e se parece com o vento.

Circunstancialmente, somos galhos e folhas dançantes, alegremente.
Pegamos nas mãos, soltamos os troncos, maleamos a cintura.
Apaixonadamente a gente se ama, e o céu brilhante de estrelas,
Nos observa calmamente, e quase indiferente, segue a partitura.

O sol, quando o vento abre as folhas, ele escorrega por suas penas longas,
e como-se em um êxtase, indo por suas coxas, seu tronco abala a terra. E depois, grávida de flores, germina sementes e de novo o vento... Pareço-me pai, neste bailado de pôr sementes, desta canção inocente, de se fazer amor...


DE VERDADE

De verdade

É pela liberdade que o amor se prende.
O amor, não é uma condição imposta por ninguém.
É por tanto amar, que o amor se alimenta de ficar e ficar e ficar...

Não é pelas inverdades contadas, articuladas, que o amor se firma.
Por que o amor é verdade sublime, e se ter amor, sem esse parâmetro,
Engana-se quanto a tê-lo, sem a magnanimidade de o entendê-lo.

Ninguém mente pelo amor, por que o amor é verdade, se mentem pela mentira. Pela ambição. Pela possessão. Pelo apego. Pelo poder.
Pela ilusão de que se ama, pela fraqueza, não pelo amor, que é fortaleza.

Se disser mentir por medo de perder, isso não é amor. Se disser
ser humano, e por isso seu erro. Isso é egoísmo, portanto, não é amor.
O amor não é unilateral pessoal, amo-te, não é justificativa para nada.

O que somos em relação ao outro é que se justifica, se você se acha dono absoluto de você mesma, deve ter se tornado uma pessoa incapaz de amar.
Nestes tempos, o amor tem um inimigo feroz: O egocentrismo. Liberte-se!

O amor transcende ao pensamento e tem formato de ar, por sua característica espiritual e total invisibilidade ele passeia solto nas asas da diversidade, em campos e cidades, em nossas entranhas, nas montanhas, aí, onde você está.

É pela liberdade que o amor se prende. É pelo doar que ele se firma.
É pela verdade que ele nos perdoa. É pela sublimidade que ele atua.
É por ser amor, que se ama, é por amar que se é amor, o amor, não mente!


EM CERTO MOMENTO


Em certo momento

Quando tudo se esvai,
o que fica, parece um risco de giz se
apagando pelo chão...
A dor sedimenta atrás do branco,
separando a vida do cio,
tudo parece um rio de ilusão.
O joio vira a jóia,
o trigo, a massa sem pão,
o homem perde a emoção e aí então,
apenas quem chora,
quem dilacera a calma e a alma,
é o coração.

Pela saudade,
não há travesseiro de penas,
apenas, a pena que o vazio determina,
sem te dar nenhuma razão.
...Podíamos ter sentado para conversar,
efetuar mudanças.
Destituir as implicâncias.
Virar a página, mudar conceitos, retroagir,
repensar, admitir, ter gratidão!
Quando se deixa o amor
perder para as intransigências,
a pena da dor da saudade, é a recompensa!



POR MINHA SANTIDADE

Por minha santidade

Eu não sou anjo, mas gosto de ternura,
gosto, por que tenho a impressão de vir deles,
esta brandura. Os anjos devem ter fábrica
de ternura para humanos carinhosos,
humanos com humanos dentro.
Seres que se reconhecem nos outros
e que disto se alimentam.


Estes que põem fim à discussão,
que estende a mão
e sai carinhos pelos dedos.
Estes seres repletos de vozes baixas,
que parecem os mares, ajoelhados,
nos recebendo como pequenos rios,
de braços abertos.

E por fim...Quando nos abraçam,
Seu calor nos toca as espinhas dorsais...
Há um rio de ternura flutuante auspiciais,
misturado ao vento que também se mistura
ao meu pensamento, querendo a ação da mão,
dada por meu coração...
É realmente demais!

Vivo pela minha sagrada procura encontrada!        
Flor rara, nascida de um acaso de pássaro desavisado,
no alto de um prédio edificado!
Não, amigo pássaro, isso não é uma montanha!
È uma edificação humana, ainda que pareça estranha - lhe diria!...
Mas plante, andante voante, plante
para mim, esta flora rara! 

DIANTE DA DEUSA

Diante da deusa

O poeta, não é sinônimo
de realidade dentro de um homem real,
mas nele, há certos sofrimentos reais
que não há quem possa sentir por ele.
O poeta engole emoções em torpes goles...

Este ser dentro do ser, se alimenta de luz,
em forma de partículas infinitesimais, porém,
creias, existem luzes que não resplandecem
de dentro para fora, mas sim, de fora para dentro,
como se fosse luzes imantadas de essência e calor.

O calor, que simboliza energia, remete-nos ao amor.
E esta musa de olhos brilhantes, me remete para teu coração,
Como um redemoinho que nos tragam e consome.
... Quantos homens foram tragados por estes olhos, mas, sentir...
Só o poeta com a sua irracionalidade, pode sentir...

Ah...Minha musa de lábios luar e olhos orientais brilhantes...
Ainda que se de realidade, para este homem inexiste,
para este poeta, que te presenteia ao homem, é a mais,
pura verdade, sim, é de sofrer por esta vaidade.
- Mas, o que fazer diante do sonho, se não vivê-lo!

POEMA NA PELE

Poema na pele

...E se pôr à flor, no ramo e na cor,
destes teus olhos, folhas de primavera.
Dias não seriam eternas manhãs de sol,
com pássaros, com risos, com brisas,
com paz...Não seriam...

Pessoa de alma linda tem sensibilidade
para o belo. Adoro estas palavras que compõem
teu nome e a alegria...
É tão bonito sentir tua beleza
de alma pura é tão alegre!

Acho que teu nome casa perfeitamente contigo...
Por que te têm essências contidas
nas tuas retinas...Será que te importaria
de seres minha musa menina,
neste poema novo?

Quero tentar beijar tua alma...
Sentir este teu riso... Este profundo
Sentimento que faz teus lábios sorrirem.
 - Encontro de almas,
brincando aos sons dos rires!

Gosto do profundo sentimento da verdade.
O profundo é um lugar quente,
misterioso,  onde reside o refolho
e o regozijo. O profundo além do ego é aonde
mora a alma, lá é o refolho!

Será minha musa especial,
por que te perscrutarei
em teus detalhes únicos...
Quero te olhar...
Poeta olhando estrelas;

Como se você estivesse aqui comigo,
ouvindo-me e me sentindo:
Sendo-me a musa menina, e, eu,
o seu poeta menino...
Serei, então, o próprio poema, a vê-la!
Gosto do profundo sentimento da verdade.
O profundo é um lugar quente,
misterioso,  onde reside o refolho
e o regozijo. O profundo além do ego é aonde
mora a alma, lá é o refolho!

Será minha musa especial,
por que te perscrutarei
em teus detalhes únicos...
Quero te olhar...
Poeta olhando estrelas;


Como se você estivesse aqui comigo,
ouvindo-me e me sentindo:
Sendo-me a musa menina, e, eu,
o seu poeta menino...
- Serei, então, o próprio poema, a vê-la!

Imagem gratuita da Intenete

MESMO AO QUANTO SE REVELA

Mesmo ao quanto se revela


Não há nada em que a superficialidade da verdade
do que se vê, possa ser tão simples: nada!
Apenas o que o amor possa mostrar.
O amor é a química da revelação do simples.
O amor revela o simples.
                                              Por que há a condicionalidade da semente.
Por que há os componentes.
Por que há o diminuto da partícula.
Por que em cada entranha, há o que o habita.
Por que existe a casca.
Por que tem o pensamento intrínseco da massa.
A intelectualidade da cor, do cheiro e da flor.
Por que é deste amar, que vem o amor.

O simples é um tijolo, foi um monjolo,
foi um arado. Foi o suor de algum coitado.
O simples é o amor materializado.
Nada há no simples, que não haja atrás de si,
o complexo do existir.



Por que se nada vêm do nada,
o tudo está composto em tudo e em nada.
Nada é tão simples como o simples,
por que o simples é o ponteiro do relógio.
Que nada nos são como o simples dos ponteiros,
que esconde o complexo da maquina,
onde se esconde o pensamento, da hora,
do profundo e verdadeiro.


O amor revela o simples...
Ah!... Se não houvesse o amor!
Nem mesmo o amar existiria.
E a materialidade da beleza.
O ver dos olhos verdes natureza,
A reverência do mar, a arrogância da maresia.

O simples é a chama do fogo.
O complexo a luz da chama.
O simples é a cor que se revela.
O complexo o calor que dela emana.
Às vezes eu sou tão pretensioso,
Que penso, como a um desaforo...
Que o amor me revela.
Simples, eu? Jamais, penso desvelar.


ZéReys – poeta do profundo.