MESMO AO QUANTO SE REVELA
Mesmo ao quanto se revela
Não há nada em que a
superficialidade da verdade
do que se vê, possa ser tão
simples: nada!
Apenas o que o amor possa
mostrar.
O amor é a química da
revelação do simples.
O amor revela o simples.
Por que há a condicionalidade da semente.
Por que há o diminuto da
partícula.
Por que em cada entranha, há
o que o habita.
Por que existe a casca.
Por que tem o pensamento intrínseco
da massa.
A intelectualidade da cor, do
cheiro e da flor.
Por que é deste amar, que vem
o amor.
O simples é um tijolo, foi um
monjolo,
foi um arado. Foi o suor de
algum coitado.
O simples é o amor
materializado.
Nada há no simples, que não
haja atrás de si,
o complexo do existir.
Por que se nada vêm do nada,
o tudo está composto em tudo
e em nada.
Nada é tão simples como o
simples,
por que o simples é o
ponteiro do relógio.
Que nada nos são como o
simples dos ponteiros,
que esconde o complexo da
maquina,
onde se esconde o pensamento,
da hora,
do profundo e verdadeiro.
O amor revela o simples...
Ah!... Se não houvesse o
amor!
Nem mesmo o amar existiria.
E a materialidade da beleza.
O ver dos olhos verdes
natureza,
A reverência do mar, a
arrogância da maresia.
O simples é a chama do fogo.
O complexo a luz da chama.
O simples é a cor que se
revela.
O complexo o calor que dela
emana.
Às vezes eu sou tão pretensioso,
Que penso, como a um
desaforo...
Que o amor me revela.
Simples, eu? Jamais, penso desvelar.
ZéReys – poeta do profundo.
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