quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

FILOSOFAL

Filosofal

O poeta é um filósofo que ao que pensa canta!
Tua alma é um cantor, dando voltas ao mundo,
Colhendo sonhos que viajam pelo espaço,
nos meios dos apressados que pensam serem cometas.

Eu estou aqui para acariciar teu coração cansado.
Torno-me pétalas, bailarino de palavras, tocador de sinos,
palhaço que faz caretas, e as vezes choro,
quando minha musa apaga as luzes dos sonhos.

Sou menino de vez em quando, que pensa ser borboleta,
que nunca rodei piões mas os invejei dando a volta em si mesmo,
coçando os fundos das calças mordidas por percevejo, a pobreza,
entretanto, não me matou: descobri-me versos invencíveis.

Posso ser parte de tudo, como Deus que se faz poema,
na composição dos versos do universo; compondo
cada segundo que se dá a volta ao mundo.
Lanterna perdida, estrela caindo em contas, procurando vidas.




Mas os poetas, minhas flores, somos tantos em si mesmos,
fadados ao descaso dos amores, por que quando o pártiner
homem, do poeta, é seguro pelas unhas de alguma musa astuta,

perde-se a cicuta - a musa -, que o cura, alimenta e o ama.

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