Para ela ou eu
O que nos impediria de ser
feliz... Perguntei-me
no afã da angústia, a minha própria tristeza que me abatia.
Pareceu-me que ela sorria, e que entre dentes dizia:
“como é tolo este poeta, é isso ou a poesia!”
no afã da angústia, a minha própria tristeza que me abatia.
Pareceu-me que ela sorria, e que entre dentes dizia:
“como é tolo este poeta, é isso ou a poesia!”
Então, comecei a brigar com o
meu poeta de mim,
só não saímos no tapa devido a sua forma espectral inata
e por que apesar, sou de paz. Mas a dor...
Esta que a solidão esfrega em nossas gargantas de forma assaz...
só não saímos no tapa devido a sua forma espectral inata
e por que apesar, sou de paz. Mas a dor...
Esta que a solidão esfrega em nossas gargantas de forma assaz...
Esta dor que arde feito
queimadura de óleo quente,
e que parece nem se importar com o que a gente sente,
é contumaz e eficaz. Por que preciso tanto desta dor...
Se eu poderia apenas poetar as alegrias...
e que parece nem se importar com o que a gente sente,
é contumaz e eficaz. Por que preciso tanto desta dor...
Se eu poderia apenas poetar as alegrias...
Silenciosamente vazia uma lã
de paina voou levada pelo vento,
Misturando-se a uma revoada
de borboletas...
Que lindo de alento! Não há simplicidade na razão de existir
das borboletas, só no contemplar!
Que lindo de alento! Não há simplicidade na razão de existir
das borboletas, só no contemplar!
Ainda que o poeta de mim,
zangado estivesse,
ele me abraçou, como se fosse um poema abraçando
as sílabas, e como sempre, eu acabei me perdendo chorando e rindo,
neste teu mundo infindo...
ele me abraçou, como se fosse um poema abraçando
as sílabas, e como sempre, eu acabei me perdendo chorando e rindo,
neste teu mundo infindo...
Nada nos impede de ser feliz,
me soprou ele sobre
os olhos das cores, dizendo: ”As cores, homem,
são quem de fato faz nossas almas enxergar”
os olhos das cores, dizendo: ”As cores, homem,
são quem de fato faz nossas almas enxergar”
O amor de cada um tem cores
próprias, não há escolha, só identificação!
Surpreendente, meu querido poeta. Tens o dom dos deuses de escrever com a alma.
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