Por minha santidade
Eu não sou anjo, mas gosto de
ternura,
gosto, por que tenho a
impressão de vir deles,
esta brandura. Os anjos devem
ter fábrica
de ternura para humanos
carinhosos,
humanos com humanos dentro.
Seres que se reconhecem nos
outros
e que disto se alimentam.
Estes que põem fim à
discussão,
que estende a mão
e sai carinhos pelos dedos.
Estes seres repletos de vozes
baixas,
que parecem os mares,
ajoelhados,
nos recebendo como pequenos
rios,
de braços abertos.
E por fim...Quando nos
abraçam,
Seu calor nos toca as
espinhas dorsais...
Há um rio de ternura flutuante auspiciais,
Há um rio de ternura flutuante auspiciais,
misturado ao vento que também
se mistura
ao meu pensamento, querendo a
ação da mão,
dada por meu coração...
É realmente demais!
Vivo
pela minha sagrada procura encontrada!
Flor rara, nascida de um
acaso de pássaro desavisado,
no alto de um prédio
edificado!
Não, amigo pássaro, isso não
é uma montanha!
È uma edificação humana, ainda
que pareça estranha - lhe diria!...
Mas plante, andante voante,
plante
para mim, esta flora rara!
Que lindo poeta.. Parabéns..
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