quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

POR MINHA SANTIDADE

Por minha santidade

Eu não sou anjo, mas gosto de ternura,
gosto, por que tenho a impressão de vir deles,
esta brandura. Os anjos devem ter fábrica
de ternura para humanos carinhosos,
humanos com humanos dentro.
Seres que se reconhecem nos outros
e que disto se alimentam.


Estes que põem fim à discussão,
que estende a mão
e sai carinhos pelos dedos.
Estes seres repletos de vozes baixas,
que parecem os mares, ajoelhados,
nos recebendo como pequenos rios,
de braços abertos.

E por fim...Quando nos abraçam,
Seu calor nos toca as espinhas dorsais...
Há um rio de ternura flutuante auspiciais,
misturado ao vento que também se mistura
ao meu pensamento, querendo a ação da mão,
dada por meu coração...
É realmente demais!

Vivo pela minha sagrada procura encontrada!        
Flor rara, nascida de um acaso de pássaro desavisado,
no alto de um prédio edificado!
Não, amigo pássaro, isso não é uma montanha!
È uma edificação humana, ainda que pareça estranha - lhe diria!...
Mas plante, andante voante, plante
para mim, esta flora rara! 

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